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Jéssica Duarte no Santuário Mãe de Deus, em Porto Alegre — Foto: Arquivo pessoal/Jéssica Duarte
Educação
08.Fevereiro.2019
Como uma bolsa do Prouni e outra do Ciência sem Fronteiras ajudaram gaúcha a virar designer em Dubai
A brasileira Jéssica Duarte, de 28 anos, mora sozinha em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, tem amigos de inúmeros países e trabalha como designer de moda de uma empresa com mais de 300 lojas só na Arábia Saudita. Mas, há menos de dez anos, ela era apenas a filha mais nova de uma ex-faxineira, que desistiu de uma vaga no curso de design de moda para se manter num cargo concursado porque não acreditava que pessoas de baixa renda podiam enveredar pelo ramo da moda.

Nesse meio tempo, a jovem contou com o esforço pessoal, o incentivo da família e a coragem para aproveitar oportunidades, inclusive um remanejamento de última hora no programa Ciência sem Fronteiras que a levou a Itália e uma oferta de emprego pela internet que, segundo ela, tinha toda a cara de golpe.

Dicas de Jéssica para quem quer trabalhar no exterior:

Investir no aprendizado de uma língua estrangeira
Manter um perfil no LinkedIn atualizado, e em inglês
Se a pessoa for da área criativa, manter um portfólio completo e multilíngue na internet
Sonho e pragmatismo
O caminho feito pela gaúcha, no entanto, teve diversos momentos turvos. A ideia de abandonar a vaga em moda, que vinha com uma bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni), veio da mãe dela.

"O que ela me falou é que moda não é uma coisa pra pessoas de classe média baixa. E realmente, se a gente for analisar as faculdades de moda no Brasil, o índice de pessoas de baixa renda é ínfimo, acho que nem tem gente de baixa renda fazendo moda", afirmou Jessica Duarte ao G1, em uma entrevista por telefone.
Como a faculdade era no período vespertino, apostar naquela graduação significaria desistir da estabilidade do cargo assistente administrativa em uma secretaria do governo do Rio Grande do Sul.

"Era um concurso de nível médio, mas era um concurso confortável, era um salário que eu, com 18 anos, no mercado de trabalho com ensino médio, não ia ter nunca", conta ela. "Eu fui construindo o meu currículo pra tentar sair de lá, porque senão acabaria ali pra sempre."

A decisão, então, foi manter o trabalho e estudar no tempo livre para tentar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no ano seguinte.

O resultado, porém, não deu certo. "A minha nota foi muito baixa, então não me inscrevi em nenhuma faculdade porque eu não tinha pontuação suficiente", disse.

"A minha mãe, quando eu era adolescente, era faxineira de escola. Ela decidiu entrar na faculdade, quando eu tinha uns 10 anos ela se formou em pedagogia. Então hoje em dia ela é professora", disse a jovem.

Ela afirma não ter um relacionamento próximo com o pai – os pais se divorciaram quando ela tinha 13 anos.

Já a faculdade ela sempre quis cursar e, mesmo desistindo de seguir a carreira como designer de moda, voltou a fazer o Enem. Enquanto trabalhava na secretaria e se preparava para o exame, Jéssica fez um curso técnico em publicidade e decidiu seguir na área criativa, mesmo que não fosse em moda.

Em 2011, na terceira tentativa de vestibular, ingressou na graduação de tecnólogo em design de produtos na Universidade La Salle, em Canoas, no Rio Grande do Sul. Novamente ele conseguiu a bolsa do Prouni, condição necessária para que pudesse estudar.

Ela afirma não ter um relacionamento próximo com o pai – os pais se divorciaram quando ela tinha 13 anos.

Já a faculdade ela sempre quis cursar e, mesmo desistindo de seguir a carreira como designer de moda, voltou a fazer o Enem. Enquanto trabalhava na secretaria e se preparava para o exame, Jéssica fez um curso técnico em publicidade e decidiu seguir na área criativa, mesmo que não fosse em moda.

Em 2011, na terceira tentativa de vestibular, ingressou na graduação de tecnólogo em design de produtos na Universidade La Salle, em Canoas, no Rio Grande do Sul. Novamente ele conseguiu a bolsa do Prouni, condição necessária para que pudesse estudar.

Bolsa do Ciência sem Fronteiras
Durante a graduação, ela decidiu por fim deixar o emprego de concursada ao conseguir um estágio em uma agência de publicidade, que durou pouco.

"Eu via que [a agência] não era nada a ver com meu perfil. Depois eu entrei no marketing de uma marca de moda de Porto Alegre. Aí pensei: 'Bom, posso trabalhar com moda mesmo que seja em marketing'", contou a jovem.
Nesse meio tempo, veio a chance de participar de um dos últimos editais oferecidos pelo programa Ciência sem Fronteiras (CSF), do governo federal, que dava bolsas de intercâmbio em graduação-sanduíche.

Seguindo os passos do irmão, que estudou engenharia da computação e foi bolsista do CSF em Portugal, Jéssica se inscreveu também para o país lusófono, já que não tinha proficiência em nenhuma língua estrangeira.

Por causa do grande número de candidatos interessados em universidades portuguesas, o governo federal teve que limitar as aprovações, mas ofereceu a alguns estudantes a opção de ir para outros países. A gaúcha foi uma delas.

"Não tem como não escolher a Itália. Eu sou muito apegada a essas coisas históricas e referências. Pensei: 'Vou pra Itália, sem dúvida'. Na hora respondi o e-mail dizendo que ia pra Itália", diz ela.

Jéssica ainda aproveitou a oportunidade que o governo federal deu aos bolsistas de cursos de tecnólogos, já que eles poderiam se inscrever em qualquer curso no país de intercâmbio. Conversando com seu coordenador na La Salle, ela acabou conseguindo validar os créditos e cursar dois semestres de design de moda na Universidade de Bolonha. Ao mesmo tempo, ela fez o curso de italiano e conseguiu a proficiência. Também em Bolonha conheceu um italiano, que voltou ao Brasil para morar com ela. Os dois se casaram e passaram quatro anos juntos.

Fonte:G1.globo.com

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