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Temporal causou série de transtornos nessa terça-feira | Foto: Guilherme Almeida
CLIMA
13.Janeiro.2021
Conjunto de fatores explica temporal depois do calorão
É comum dizer que, depois de um dia de muito calor, é chuva na certa. Foi o que aconteceu no Rio Grande no início desta semana, principalmente após uma segunda-feira em que alguns municípios registraram temperaturas acima de 40°C. Quando a noite chegou, trouxe com ela temporais que deixaram mais de 210 mil pontos sem energia elétrica no Estado. A previsão é que, nos próximos dias, o clima seja mais ameno, mas a chuva deverá reaparecer.

No bairro Jardim Botânico, em Porto Alegre, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou, na segunda-feira, 38,3°C, mas em outros pontos da cidade a temperatura bateu em 40°C pelo efeito da chamada “ilha de calor urbano” associada à urbanização. A tarde dessa segunda-feira, ainda que estivesse quente, esteve bem longe da sensação térmica tórrida do dia anterior, em Porto Alegre e região Metropolitana. “Pelo menos, tem um ventinho. Com muito calor, até falta o ar da gente”, diz a aposentada Irma Santos, que deixou passar um dia para ir até a lotérica pagar uma conta.

Segundo a meteorologista Estael Sias, uma série de fatores levaram ao ápice do aquecimento antes da chuva: “Vínhamos de 15 dias de pouquíssima chuva no RS e, no verão, os dias são longos, com muito tempo de insolação e incidência dos raios solares. Tudo isso em conjunto com o La Niña que provoca a estiagem”, explica. O fenômeno é o resfriamento do Oceano Pacífico, deixando a chuva ainda mais irregular do que o normal, mal distribuída, conforme a especialista. “Chove 40 milímetros em Pelotas e 20 milímetros em Canguçu, por exemplo. Uma disparidade em volumes e o intervalo entre um episódio e outro acaba sendo grande.”
Após alguns dias de vento Norte transportando um ar mais quente, do interior do Paraguai e Argentina, veio a frente fria, justificando o “ventinho” que dona Irma citou. “Vem avançando da Argentina e Uruguai, onde já havia provocado temporais. Chegou no Estado e encontrou uma atmosfera muito aquecida, com muita energia concentrada destes vários dias sem chuva”, esclarece Estael. O resultado foram os temporais e vendavais do fim de segunda-feira. “A atmosfera drenou esta energia, tem até instabilidade, mas não tem tanto calor, até porque tem nuvens”, completa a meteorologista.

Na manhã desta quarta-feira, a temperatura não passará dos 15°C em pontos da região da Campanha do RS. “Para esta época do ano é bem significativo, já que a mínima no amanhecer costuma ser de 20°C no verão. Cair de 40°C para 15°C é no normal do RS porque estamos em latitudes médias, ou seja, uma briga entre o ar mais quente da região tropical com o ar mais frio da região polar”, pontua Estael. “No dia 31 de dezembro de 2019, Porto Alegre registrou 40°C. Esta temperatura no verão é normal por aqui”, relata.

No Rio Grande do Sul, a chuva continuará mal distribuída, mas o suficiente para aliviar a estiagem com um novo evento de precipitação no próximo fim de semana.


Fonte: Correio do Povo

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